quinta-feira, 11 de setembro de 2008

DEU NO JORNAL - CORAL DE CACHORROS E SWANSEA JACK

Um coral de cães grava música no País de Gales.
Ao ler esta manchete nossa humana viu que era matéria para entrar no ar aqui no blog.
Um coral canino gravou a base para a música "A Song for Jack", de autoria do compositor Richard Higlett. A música foi composta em homenagem a Swansea Jack, cachorro que viveu na década de 30 e salvou muitas pessoas de afogamentos no cais da região de Swansea, País de Gales.

Este coral tão peculiar entrou no estúdio nesta segunda-feira, mesmo estando em um ambiente diferente os cachorrinhos superaram as expectativas do músico.

A seleção foi dura, entre 30 canditatos oito seriam selecionados. Entre os escolhidos dois shih-tzus e um border colie; um basset fez muito sucesso entre os candidatos e no final de um video de entrevista com o organizador do coral há um solo impressionante deste "cãotor", num outro video no site da BBC é possível ouvir a performance de outros 3 "cãestores".

A seguir imagens da seleção de cantores e do estúdio de gravação.
clique na imagem para ampliar


Mas no final da história ficamos pensando: "Beleza, um coral de cachorros, muito jóia!! Gravando uma música para um festival, mesmo muito jóia! A música é para homenagear outro cachorro, fantástico!Um cachorro herói, maravilhoso! Mas como é mesmo a história deste cachorro herói??????

Claro que fomos pesquisar, e vamos publicar aqui o resultado da nossa pesquisa.


Com vocês a incrível história de um animal extraordinário:


Swansea Jack (1930-1937) era um labrador retriever preto que viveu nas docas do rio Tawe, região de Swansea, País de Gales.
Jack respondia aos pedidos de socorro das pessoas que estavam se afogando nas docas. Ele mergulhava e puxava a vítima até livrá-las do afogamento certo.

Seu primeiro resgate foi um garoto de doze anos, em seguida na frente de uma multidão de pessoas, Jack resgatou um nadador em apuros. Após este salvamento Jack teve sua foto publicada em jornais e recebeu do Conselho Local uma coleira de prata. Em 1936 recebeu o título de "O Cachorro mais Corajoso do Ano" dado pelo jornal "Star". Recebeu ainda um troféu do prefeito de Londres e ainda é o único cão que recebeu duas medalhas de bronze (The Canine V.C.), concedido pela Liga Canina Nacional da Defesa (National Canine Defense League).
Conta-se que durante sua vida Swansea Jack salvou 27 pessoas que estavam se afogando nas docas do rio Tawe.

Infelizmente, em outubro de 1937 Jack morreu após comer veneno de rato. Recebeu das autoridades públicas um monumento em sua homenagem.
No ano 2000 Swansea Jack foi nomeado "Cão do Século" pela "New Found Friends of Bristol" que treina cães em técnicas de salvamento aquático.


A seguir a foto que saiu no jornal após o salvamento do nadador.

para ampliar clique sobre a imagem

domingo, 7 de setembro de 2008

MIAUKUT FM - VOZES "INHAS"

Caríssimos ouvintes, voltamos com a nossa programação musical aqui no Blog da Tropinha.
Antes de inciar o programa queremos avisar que os problemas técnicos que impediam de ouvir os outros programas já foram sanados.

Muitos vão questionar a seleção de hoje, mas por favor, leiam com carinho a nossa explicação.
Vozes "inhas" na nossa compreensão não é aquele cantor que tem voz ruim, é aquele que tem aquela vozinha suave, docinha, aerada, e que a gente ouviria horas e horas.
Incluímos aqui dois jingles de propaganda que exemplificam perfeitamente uma voz "inha".

Então vamos lá!!
Para ouvir basta clicar na imagem abaixo e aguardar carregar.
1. João Gilberto cantando Maria Ninguém ;
2. Nara Leão cantando Penas do Tiê;

3. Aselin Debison cantando Someone is there waiting for my song;
4. Run to you cantora desconhecida (a agência que fez o jingle não divulga o nome);
5. Jack Johnson cantando Better Together;
6. Pato Fu (Fernanda Takai) cantando Antes que seja
tarde;
7. Carla Bruni cantando Quelqu'un ma dit;
8. Adriana Calcanhoto cantando Fico assim sem você;
9. Ellen Page e Michael Cera (trilha sonora do filme Juno, interpretada pelos atores) cantando Anyone else but You.

Até o próximo MIAUKUT FM!!!!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

LAKME NA BIBLIOTECA


Hoje, em Lakme na Biblioteca, o best seller: Marley & Eu.
Este livro já é mais que famoso, até filme com Jennifer Aniston tá saindo agora em 2008, mas a nossa humana tem se surpreendido com a quantidade de cachorreiros e gateiros que não leram o livro. A maioria explica que tem receio de ler, pois tem certeza vai chorar.
Bem, a nossa humana que é uma rata de biblioteca e uma chorona de carteirinha, também relutou muito a ler este livro, porém a curiosidade ganhou do receio e lá foi ela ler o talzinho.
E ela se surpreendeu. Claro que tem passagens super emocionantes, mas pela beleza da história e não por apelação da narrativa, pelo respeito e carinho que John teve por Marley em todos os momentos da vida deste imenso labrador.
John Grogan é jornalista e tem uma narrativa bem leve e agradável, sem contar um senso de humor muito apurado, sem exageros, e Marley foi um cão que deu a John material de sobra para exercer esta qualidade de escrita. Muito mais que chorar, nossa humana riu muito lendo este livro. Apesar de ter 12 gatinhos, em muitas passagens ela se identificou com o narrador.


A seguir um dos nossos trechos preferidos deste livro maravilhoso:

" Quando finalmente eu trouxe mãe e filho para casa, Marley ficou fora de si. Jenny colocou Patrick dormindo no moisés no meio da nossa cama e depois se juntou a mim, que estava comemorando com Marley na garagem, numa alegria contagiante. Quando Marley se acalmou um pouco nós o trouxemos para dentro. Nosso plano era agir naturalmente, sem apontar o bebê para ele. Iríamos passar por perto e deixá-lo perceber a presença do novo morador da casa aos poucos.

Marley seguiu
Jenny até o quarto, enfiando o nariz fundo na sacola que ela trouxe de volta da maternidade. Ele literalmente não sabia que havia um ser vivo em cima de nossa cama. Então Patrick se moveu e emitiu um som semelhante a um chilreio abafado de pássaro. As orelhas de Marley se ergueram e ele congelou. De onde veio este barulho? Patrick repetiu o som, e Marley levantou uma pata no ar, apontando como um cão de caça. Meu Deus, ele estava apontando para o nosso bebê como um cão caçador apontaria para uma...presa. Neste instante, lembrei do travesseiro de penas que ele atacou com tanta ferocidade. Ele não seria tão burro para confundir um bebê com um faisão, seria?

Em seguida, ele se aproximou. Não foi um ataque feroz para "matar o inimigo"; ele não mostrou os dentes nem grunhiu. Mas tampouco foi uma aproximação de "boas-vindas ao mais novo habitante do bairro". Seu peito tocou o colchão com tanta força que a cama andou de lugar. Patrick estava bem acordado agora, os olhos esbugalhados. Marley retrocedeu e avançou novamente, desta vez aproximando sua boca a poucos centímetros dos pezinhos do nosso recém-nascido. Jenny agarrou o bebê e eu agarrei o cachorro, puxando-o para trás pela coleira com ambas as mãos. Marley estava lívido, espichando-se para se aproximar desta nova criatura, que, de alguma forma, havia invadido nosso santuário. Ele se sentou sobre as patas traseiras e eu o puxei pela coleira, sentindo-me como o Zorro montado em seu belo cavalo negro.
- Muito bem, está tudo bem agora - eu disse.

Jenny colocou Patrick no moisés; e eu coloquei Marley entre as minhas pernas e segurei-o firme pela coleira com os punhos cerrados. Até Jenny percebeu que Marley não queria agredi-lo. Ele estava arfando com aquela expressão abobada que ele tinha; os olhos estavam brilhando e o rabo balançando. Enquanto eu o segurava, Jenny se aproximou de nós, permitindo que Marley farejasse primeiro os dedinhos do bebê, depois seus pés, pernas e coxas. A pobre criança tinha apenas um dia e meio de idade e já estava sob o ataque de um aspirador de pó. Quando Marley farejou a fralda, ele pareceu entrar num estado alterado de consciência, um tipo de transe induzido por fraldas infantis. Ele estava no paraíso. Ele se mostrava eufórico.
- Um movimento em falso, Marley, e você está frito - Jenny alertou, e ela estava falando sério.


Se ele tivesse demonstrado o menor gesto agressivo em relação ao bebê, seria o fim dele. Mas ele nunca fez isto. Logo descobrimos que o nosso problema maior não era evitar que Marley machucasse nosso precioso bebê. Nosso problema era mantê-lo afastado do cesto de fraldas usadas."

Umas fotinhos de Marley:
para melhor visualização clique na imagem
Marley & Eu, a vida e o amor ao lado do pior cão do mundo.
John Grogan
Prestígio Editorial